domingo, 14 de fevereiro de 2016

Anarquismo e Friedrich Nietzsche

A relação entre o Anarquismo e Friedrich Nietzsche é ambígua. Apesar de Friedrich Nietzsche ter criticado o anarquismo,[1] seu pensamento mostrou-se influentes dentro dessa filosofia.[2] Como tal havia muitas coisas semelhante entre os anarquistas e Nietzsche: seu ódio ao Estado, seu desagrado pelo negligente comportamento social de "rebanho", seu anti-cristianismo, sua desconfiança do efeito do mercado e do Estado na produção cultural, seu desejo por um "Übermensch" - isto é, por um homem novo que não fosse nem mestre nem escravo."[2]
Durante o século XIX, Nietzsche foi frequentemente associado aos movimentos anarquistas, a despeito do fato de que em seus escritos parece haver uma visão negativa de anarquistas.[1]Isso pode ser resultado de uma associação popular no período entre suas ideias e as de Max Stirner[3]
Spencer Sunshine escreve "Havia muitas coisas que chamaram os anarquistas a Nietzsche: seu ódio ao Estado, seu desagrado pelo negligente comportamento social de "rebanho", seuanti-cristianismo, sua desconfiança do efeito do mercado e do Estado na produção cultural, seu desejo por um "Übermensch" - isto é, por um homem novo que não fosse nem mestre nem escravo; seu louvor ao êxtase ao ser criativo, com o artista como seu protótipo, que poderia dizer, "Sim" para a auto-criação de um novo mundo a partir do nada; e seu encaminhamento da "transvaloração dos valores" como fonte de mudança, ao contrário de uma concepção marxista da luta de classes e da dialética de uma história linear."[2]
Para Sunshine "a lista não é limitada para culturalmente orientados anarquistas como Emma Goldman, que deu dezenas de palestras sobre Nietzsche e o batizou como um anarquista honorário. Anarquistas pró-Nietzsche também incluem os membros da FAI na Espanha nos anos 30, como Salvador Seguí, e a anarca-feminista Federica Montseny; anarco-sindicalistas militantes como Rudolf Rocker; e também o jovem Murray Bookchin, que citou a concepção de Nietzsche de "tranvaloração de valores" em apoio ao projeto anarquista espanhol." E também, nos círculos anarquistas individualistas europeus, sua incluência é clara em pensadores/ativistas como Émile Armand[4] e Renzo Novatore[5] , dentre outros. Também mais recentemente o anarquismo pós-esquerdista de Nietzsche é presente no pensamento de Albert Camus,[6] Hakim Bey e Wolfi Landstreicher.

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