domingo, 14 de fevereiro de 2016

Principais Ideias de Nietchzse

Nietzsche em 1862
Seu estilo é aforismático, escrito em trechos concisos, muitas vezes de uma só página, e dos quais são pinçadas máximas. Muitas de suas frases se tornaram famosas, sendo repetidas nos mais diversos contextos, gerando muitas distorções e confusões. Algumas delas:
  1. "A filosofia é o exílio voluntário entre montanhas geladas."
  2. "Nós, homens do conhecimento, não nos conhecemos; de nós mesmo somos desconhecidos."
  3. "Não me roube a solidão sem antes me oferecer verdadeira companhia."
  4. "O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são."
  5. "Como são múltiplas as ocasiões para o mal-entendido e para a ruptura hostil!"
  6. "Deus está morto. Viva Perigosamente. Qual o melhor remédio? - Vitória!".
  7. "Há homens que já nascem póstumos."
  8. "O Evangelho morreu na cruz."
  9. "A diferença fundamental entre as duas religiões da decadência: o budismo não promete, mas assegura. O cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada."
  10. "Quando se coloca o centro de gravidade da vida não na vida mas no "além" - no nada -, tira-se da vida o seu centro de gravidade."
  11. "Para ler o Novo Testamento é conveniente calçar luvas. Diante de tanta sujeira, tal atitude é necessária."
  12. "O cristianismo foi, até o momento, a maior desgraça da humanidade, por ter desprezado o Corpo."
  13. "A fé é querer ignorar tudo aquilo que é verdade."
  14. "As convicções são cárceres."
  15. "As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras."
  16. "Até os mais corajosos raramente têm a coragem para aquilo que realmente sabem."
  17. "Aquilo que não me destrói me fortalece."
  18. "Sem música, a vida seria um erro."
  19. "E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."
  20. "A moralidade é o instinto do rebanho no indivíduo."
  21. "O idealista é incorrigível: se é expulso do seu céu, faz um ideal do seu inferno."
  22. "Em qualquer lugar onde encontro uma criatura viva, encontro desejo de poder."
  23. "Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos."
  24. "Quanto mais me elevo, menor eu pareço aos olhos de quem não sabe voar. "Je höher man steigt, desto mehr schwinden die Kräfte – aber umso weiter sieht man." (Ingmar Bergman)
  25. "Se minhas loucuras tivessem explicações, não seriam loucuras."
  26. "O Homem evolui dos macacos? É, existem macacos!"
  27. "Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal."
  28. "Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura."
  29. "Torna-te quem tu és!"
  30. "Cada pessoa tem que escolher quanta verdade consegue suportar"
  31. "O desespero é o preço pago pela autoconsciência"
  32. "O depois de amanhã me pertence"
  33. "O padre está mentindo."
  34. "Deus está morto mas o seu cadáver permanece insepulto."
  35. "Acautela-te quando lutares com monstros, para que não te tornes um."
  36. "Da escola de guerra da vida: o que não me mata, torna-me mais forte."
  37. "Será o Homem um erro de Deus, ou Deus um erro dos Homens?"
  38. "É preciso muito caos interior para parir uma estrela que dança."
  39. "Aquele que luta com monstros deve acautelar-se para não tornar-se também um monstro. Quando se olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você." (NIETZSCHE, F. Beyond Good and Evil. New York: Dover Publications Inc., 1997)
Longe de ser um escritor de simples aforismas, ele é considerado pelos seus seguidores um grande estilista da língua alemã, como o provaria Assim Falou Zaratustra, livro que ainda hoje é de dificílima compreensão estilística e conceitual. Muito pode ser compreendido na obra de Nietzsche como exercício de pesquisa filológica, no qual se unem palavras que não poderiam estar próximas ("Nascer póstumo"; "Deus Morreu", "delicadamente mal-educado", etc… ).
Adorava a França e a Itália, porque acreditava que eram terras de homens com espíritos-livres. Admirava Voltaire, e considerava como último grande alemão Goethehumanista como Voltaire. Naqueles países passou boa parte de sua vida e ali produziu seus mais memoráveis livros. Detestava a prepotência e o anti-semitismo prussianos, chegando a romper com a irmã e com Richard Wagner, por ver neles a personificação do que combatia - o rigor germânico, o anti-semitismo, o imperativo categórico, o espírito aprisionado, antípoda de seu espírito-livre. Anteviu o seu país em caminhos perigosos, o que de fato se confirmou catorze anos após sua morte, com a primeira grande guerra e a gestação do Nazismo.

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